ID da Obra no SisArp
3419

Informações Gerais

Grau de Alerta
Categoria
Estágio da Obra
Trecho
Trecho: Querência-MT - Nova Ubiratã-MT - Lotes 5 a 11 (177)
Extensão
289 km

Monitoramento e Fiscalização

Órgãos de Monitoramento e Fiscalização
IBAMA
FUNAI
IPHAN
Monitoramento Independente
Sociedade Civil Organizada

Projeto

Licenciamento Ambiental

Competência de Licenciamento
Federal
Declaração de Interferência
Bens Culturais
Povos Indígenas
Termo de Referência (TdR) para Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)
Possui
TdR Específicos
Bens Culturais Impactados (IPHAN)
Povos Indígenas Impactados (FUNAI)

Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)

Tipo AIA
Estudo de Impacto Ambiental e Resumo - EIA-RIMA
Municípios na Área de Influência Direta
Paranatinga-MT
Gaúcha do Norte-MT
Canarana-MT
Querência-MT
Municípios na Área de Influência Indireta
Paranatinga-MT
Gaúcha do Norte-MT
Canarana-MT
Querência-MT

Impactos Significativos

Indígenas
Interferência na reprodução física e cultural das populações indígenas
Destruição/risco de perda de patrimônio histórico e cultural
Interferência com patrimônio histórico e cultural.
Impactos Antrópicos
Alterações de uso e ocupação do solo
Descaracterização do entorno de sítios arqueológicos
Criação de empregos temporários
Facilidade de escoamento da produção
Modificação e/ou expansão da malha viária para novas áreas

Participação Comunidades Afetadas

Consulta Livre, Prévia e Informada (CLPI) Obrigatória
Para Povos Indígenas
CLPI de Estudos Ambientais
Estudos Sobre Bens Culturais
Povos Indígenas

Fontes

Posição Geográfica
-13.04,-55.22
-13.24,-53.78
-13.11,-52.62
-12.69,-51.89
Imagens Obra
BR-242
Sumário da obra
A BR-242 é um projeto de rodovia da década de 1970 que tem por objetivo conectar a região Centro-Oeste do país ao estado da Bahia. A retomada do plano de construção da BR-242/MT no trecho monitorado por este observatório busca atender à demanda logística do agronegócio das macrorregiões nordeste e médio-norte do estado de Mato Grosso ao consolidar a interligação entre a BR-163 e a BR-158. Na bacia do Xingu, a rodovia localiza-se ao sul do Território Indígena do Xingu (TIX), distando desta TI em aproximadamente 12 km, em trecho marcado pela presença de fazendas, elevados índices de desmatamento e assoreamento dos rios formadores do rio Xingu. Ademais, o traçado inicialmente proposto no projeto da BR-242 passava a menos de 500 metros do complexo arqueológico de Kamukuwaká, patrimônio tombado pelo IPHAN e sagrado para os indígenas. O processo de consulta unificada sobre a BR-242 e a FICO foi pactuado entre o governo federal e a Associação Terra Indígena do Xingu (ATIX) em 2019. Em 2024, o DNIT afirmou aceitar a alteração do traçado da rodovia, utilizando estradas já existentes e desviando no complexo arqueológico e sagrado de Kamukuwaká.
Corpo de texto

[EM MANUTENÇÃO]

Tags
Texto
Visão Geral

A BR-242 é um projeto de rodovia da década de 1970 que tem por objetivo conectar a região Centro-Oeste do país ao estado da Bahia. A retomada do plano de construção da BR-242/MT no trecho monitorado por este observatório busca atender à demanda logística do agronegócio das macrorregiões nordeste e médio-norte do estado de Mato Grosso ao consolidar a interligação entre a BR-163 e a BR-158. Na bacia do Xingu, a rodovia localiza-se ao sul do Território Indígena do Xingu (TIX), distando desta TI em aproximadamente 12 km, em trecho marcado pela presença de fazendas, elevados índices de desmatamento e assoreamento dos rios formadores do rio Xingu. Ademais, o traçado inicialmente proposto no projeto da BR-242 passava a menos de 500 metros do complexo arqueológico de Kamukuwaká, patrimônio tombado pelo IPHAN e sagrado para os indígenas.

O trecho monitorado pelo Observatório De Olho no Xingu abrange o segmento da rodovia BR-242 ainda não consolidado entre a BR-163 e a BR-158. O DNIT solicitou abertura de processo de licenciamento ambiental ao IBAMA em 2009. O traçado proposto pelo DNIT parte do entroncamento com a MT-130, no distrito de Santiago do Norte/MT, até a sede municipal de Querência/MT, com previsão de abertura (supressão vegetal) de estrada de cerca de 40 km entre Gaúcha do Norte/MT e Querência/MT, distando em aproximadamente 12 km do Território Indígena do Xingu, e 500 metros do complexo arqueológico de Kamukuwaká, patrimônio tombado pelo IPHAN e sagrado para os indígenas.

Também em 2009, foi aberto o processo de licenciamento ambiental da construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), projeto praticamente paralelo à BR-242 e que incide sobre a mesma região das cabeceiras do rio Xingu, impactadas pela ampliação do desmatamento para constituição de fazendas e cultivos agrícolas, bem como extração de madeira. Já em 2018, quando da finalização do asfaltamento da BR-242 entre Sorriso/MT e Santiago do Norte/MT, a gruta de Kamukuwaká foi severamente depredada.

Os potenciais impactos mais preocupantes relacionados à BR-242 aos povos do Xingu dizem respeito ao traçado da rodovia,; o assoreamento, desmatamento de matas ciliares e alterações na hidrologia das cabeceiras do rio Xingu; o patrimônio cultural indígena localizado fora do território demarcado; aumento de contaminação por agrotóxicos; aumento da pressão antrópica na terra indígena.

Diante da preocupação com os impactos negativos ao TIX com o aumento do desmatamento, diminuição dos rios e aumento de pressões territoriais e de atividades ilícitas, induzidos pelos dois empreendimentos, os povos indígenas do Xingu passaram a demandar a realização da consulta livre, prévia e informada e obtiveram, em 2020, junto ao governo federal o compromisso da realização da Consulta Unificada BR-242 e FICO aos indígenas do TIX.

O processo de Consulta Unificada BR-242 e FICO iniciou-se efetivamente em 2023, liderado pela Associação Terra Indígena Xingu (ATIX), com a ocorrência da 9ª Governança Geral do Território Indígena do Xingu (GGTIX), onde mais de 40 representantes do IBAMA, FUNAI, IPHAN, DNIT, Ministério de Transportes, INFRA S.A estiveram presentes: Povos do Xingu lutam pela proteção de seus patrimônios culturais em Mato Grosso.

(última atualização: agosto de 2025)

Licenciamento ambiental e traçado da BR-242

O licenciamento ambiental do trecho da BR-242 entre Santiago do Norte/MT e Canarana/MT foi iniciado em 2009 no IBAMA, a partir de solicitação do DNIT.

A grande controvérsia do projeto se deu em relação à sobreposição do traçado proposto ao patrimônio tombado e sítio arqueológico de Kamukuwaká (ver item Áreas Sagradas Kamukuwaká e Sagihengu). 

Em 2014, o DNIT realizou uma alteração no traçado da rodovia, afastando-a 1590 metros do sítio de Kamukuwaká. No entanto, vistoria técnica realizada pelo IBAMA em 2016 observou que o desvio ainda estava localizado a 250 metros da gruta.

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) foi apresentado em 2022 pelo DNIT, e previa como traçado prioritário para a rodovia a alternativa que ligaria Gaúcha do Norte/MT a Querência/MT, por meio da abertura de uma nova estrada próxima ao TIX, bem como desvio de apenas 1,5 km do Kamukuwaká.

Em análise, o IBAMA solicitou complementações ao EIA/RIMA, bem como a análise do traçado solicitado pelos povos do TIX no processo de Consulta Unificada, que se iniciou em 2023 (ver item Consulta Unificada BR-242 e FICO)

Em razão da posição dos xinguanos contrária à alternativa apontada pelo EIA/RIMA e em prol do aproveitamento das estradas já existentes, entre Gaúcha do Norte/MT e Canarana/MT e no desvio ao Kamukuwaká, em fevereiro de 2024 o DNIT manifestou concordância com a diretriz de traçado expressa pela Governança Geral do TIX, propondo 2 novas alternativas locacionais (6 e 7).

Em agosto de 2025, o licenciamento ambiental continua na etapa de complementações ao EIA/RIMA, sendo que foi dispensada a análise de novas alternativas locacionais pelo IBAMA, com a dispensa das análises da alternativa 7. No entanto, a alternativa 6 apresenta necessidade de abertura e construção de nova ponte sobre o rio Jatobá, ao passo que a alternativa 7 utiliza-se da via MT-324 já existente.

Após as complementações ao EIA/RIMA e as manifestações da FUNAI e do IPHAN, o IBAMA poderá avaliar a viabilidade ambiental do empreendimento concedendo ou não sua Licença Prévia.

(última atualização: setembro de 2025)

Estudo do Componente Indígena (ECI) do TIX

 

O Estudo de Componente Indígena (ECI) do TIX tem por objetivo identificar os impactos da BR-242 aos povos do Território Indígena do Xingu, bem como propor medidas de prevenção, mitigação e compensação aos impactos negativos.

Já na pactuação do processo de Consulta Unificada BR-242 e FICO, os povos do Xingu apontaram impactos a serem avaliados pelo ECI, como desmatamento de florestas, matas ciliares e nascentes; contaminação da água, do solo, ar e pessoas por agrotóxicos; impactos negativos no Kamukuwaká e Sagihengu; impactos sociais e culturais; diminuição do peixe; mudanças climáticas; geração de renda e saúde.  

O Plano de Trabalho do ECI foi aprovado pela 10ª Governança Geral do TIX em novembro de 2023, mediante condições como a contratação de arqueólogos, antropólogos e técnicos indígenas para integrar a equipe multidisciplinar de elaboração do ECI, bem como cronograma de trabalho aprovado pela GGTIX. 

O cronograma indica a necessidade de apresentação das etapas do estudo nas diferentes instâncias de governança do TIX: rodadas nas aldeias, governanças regionais (Alto, Médio, Leste e Baixo Xingu) e governança geral do TIX. 

Em 2024 e 2025, foram iniciados os trabalhos de diagnóstico com coleta de dados primários no TIX. Em setembro de 2025, foi realizada a etapa de avaliação de impactos.

Com a finalização do ECI, este será submetido à apreciação da Governança Geral do Território Indígena do Xingu (GGTIX). A partir da manifestação da GGTIX, a FUNAI deverá se manifestar ao IBAMA com relação à viabilidade da BR-242 e possíveis condicionantes.

(última atualização: setembro de 2025)

Áreas Sagradas - Kamukuwaká e Sagihengu

Em 2010, no contexto da construção da PCH Paranatinga II, foram tombados os locais sagrados de Kamukuwaká, no rio Batovi, e Sagihengu, no rio Culuene, sendo até hoje os únicos patrimônios materiais indígenas tombados no Brasil. Os locais são relacionados como origem de dois rituais fundamentais para os povos alto-xinguanos, o  pohoká, rito de iniciação masculino com furação de orelhas, e o kwarup (veja mais em As Histórias de Kamukuwaká e Yakuwixeku). Ademais, são sítios arqueológicos com datação milenar (veja mais no episódio Uma história original). 

Desde 2017, a Governança Geral do TIX se manifesta pela necessidade de desvio da BR-242 da região tombada de Kamukuwaká, haja vista que o projeto original previa um desvio mínimo da Gruta. Em 2018, o sítio Kamukuwaká foi gravemente depredado, com as gravuras ancestrais tendo sido arrancadas da caverna. A destruição evidenciou a vulnerabilidade do Complexo Arqueológico de Kamukuwaká, reforçando a necessidade e a urgência de medidas de proteção no contexto da instalação da BR-242. 

Ao mesmo tempo, a depredação retomou a reivindicação dos povos do Xingu pela ampliação da área tombada, abarcando outras localidades sagradas no rio Batovi e Culuene, bem como pela ampliação da demarcação da Terra Indígena Batovi. 

Em 2022, a Superintendência do IPHAN em Mato Grosso reabriu o processo de tombamento das Áreas Sagradas dos povos do Xingu. O IPHAN Sede alertou o IBAMA sobre os obstáculos no licenciamento da rodovia, destacando a necessidade de considerar a ampliação do tombamento das Áreas Sagradas do Xingu no processo. 

Durante a 9ª GGTIX, realizada em novembro de 2023, o IPHAN se comprometeu a somente se manifestar no processo de licenciamento ambiental da BR-242 após aprovação da alternativa locacional pelos povos indígenas, que depende de pesquisa arqueológica colaborativa com os xinguanos; além de elaborar, junto com os povos xinguanos, diretrizes para proteção dos lugares sagrados e tombados (Kamukuwaká e Sagihengu).

Após a 9ª GGTIX, o IPHAN expediu a NOTA TÉCNICA nº 4/2023/COAIA/CNL/GAB PRESI/PRESI, na qual foram recomendadas a rerratificação do tombamento dos lugares indígenas sagrados denominados Sagihengu e Kamukuwaká; medidas para proteção do Kamukuwaká e Sagihengu; realização de pesquisas arqueológicas colaborativas e preventivas a serem desenvolvidas nas áreas afetadas pela nova alternativa de traçado da BR-242, aprovada pelos indígenas, ações de valorização do patrimônio cultural das populações do Território Indígena do Xingu e a elaboração de Grupo de Trabalho específico no IPHAN dedicado à análise e elaboração de ações voltadas à preservação das áreas sagradas e ao Patrimônio Cultural das populações Indígenas.

Em 2024, a Associação Terra Indígena do Xingu (ATIX) demandou ao IPHAN a criação de Grupo de Trabalho voltado à elaboração de ações voltadas à proteção e valorização do Patrimônio Cultural Xinguano, particularmente o Kamukuwaká e o Sagihengu. O grupo, composto por representantes indígenas e especialistas, se tornou um espaço fundamental para discutir e propor estratégias de salvaguarda desses territórios sagrados, e a criação do GT Xingu foi oficializada com a publicação da Portaria IPHAN nº 202 de 5 de novembro de 2024.

Em maio de 2025, na 11ª Governança Geral do TIX, o GT Xingu, composto por servidores do IPHAN e representantes do TIX, apresentou e teve aprovado o Plano de Trabalho do GT Xingu. 

Plano de Trabalho do GT Xingu foi consolidado em julho de 2025. 

(última atualização: agosto de 2025)

Consulta Unificada BR-242 e FICO

Em 2017, a Governança Geral do TIX aprovou três reivindicações principais com relação ao projeto da BR-242: que o trajeto aproveitasse estradas já abertas, que se afastasse do Sítio Sagrado de Kamukuwaká e que a Consulta Livre, Prévia e Informada fosse respeitada, conforme a Convenção 169 da OIT. 

Com a manifestação dos xinguanos, políticos locais passaram a pressionar o governo federal pela liberação do projeto, culpabilizando os indígenas pela suposta demora do processo de licenciamento ambiental. 

Em 2019, após solicitação dos povos xinguanos, a então deputada Joenia Wapichana convocou audiência pública na Câmara dos Deputados na qual foi apresentado por parte dos indígenas um plano de consulta integrado sobre a rodovia e também a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO 2), baseado em seu protocolo de consulta (veja o vídeo #ConsultaXingu)

O governo se comprometeu oficialmente com a realização do processo de consulta prévia unificada após a audiência pública na câmara dos deputados e iniciou-se um diálogo sobre a pactuação das etapas do processo de consulta (veja carta da ATIX e o Ofício Circular Nº 4/2019/SLD/SPPI/CC/PR)

O objetivo mínimo do processo de Consulta Unificada dizia respeito à coordenação entre os processos de licenciamento ambiental da BR-242 e da FICO 2, de forma a complementarem esforços, principalmente nas eventuais etapas de definição e execução de medidas de prevenção, mitigação e compensação de impactos. Buscava-se evitar uma duplicação de esforço de consulta aos povos do TIX, otimizando o tempo dos comunitários e trazendo ganhos na efetividade das avaliações de impacto. 

Como objetivos mais audaciosos, o processo de Consulta Unificada prevê articular políticas públicas aos processos de instalação dos empreendimentos, uma lacuna no âmbito do licenciamento ambiental como regulamentado. Essa articulação se refere, por exemplo, à execução e revisão da política patrimonial do IPHAN no TIX (veja item Áreas Sagradas - Kamukuwaká e Sagihengu)

Para isso, foi fundamental o estabelecimento de um ente articulador dentro do governo, no caso a Coordenação de Apoio à Licenciamento Ambiental da Presidência da República, uma vez que a coordenação necessária entre os processos de licenciamento ambiental consiste em um processo inovador e com necessidade de ampla articulação entre diversos órgãos envolvidos. 

Ainda em novembro de 2019, ocorreu reunião em que foi pactuado cronograma para reuniões para elaboração do ECI da BR-242, ocasião em que foram apresentadas as “perguntas que não podem faltar”, impactos indicados pelos xinguanos para serem avaliados no ECI. 

No entanto, com a irrupção da pandemia de COVID-19, o cronograma de consulta foi suspenso. Ao mesmo tempo, o licenciamento ambiental da BR-242 seguiu com a apresentação do EIA/RIMA ao IBAMA em 2022, o que causou preocupação aos xinguanos se o governo iria manter sua promessa de consulta e posteriormente a decisão de aguardar a posse do novo governo para retomada do processo (veja os documentos Ofício n° 013/2020/PRES/ATIXOfício nº 15954/2021/MEOfício nº 02/2022/PRES/ATIXOfício nº 011/2022/PRES/ATIXOfício 016/2022/PRES/ATIX). 

A partir de 2023, diante da lacuna na articulação governamental do processo de consulta por parte do novo governo, a própria Associação Terra Indígena do Xingu (ATIX) convocou a retomada do processo de Consulta Unificada em abril de 2023, durante o Acampamento Terra Livre. A ATIX convocou o IBAMA, DNIT, IPHAN, FUNAI, Ministério de Transportes, INFRA S.A e a empresa privada RUMO S.A para reunião de Governança Geral do TIX, prevista para julho, momento para repactuação do processo e cronograma da consulta. 

A 9ª Governança Geral do TIX (GGTIX) reuniu mais de 40 representantes dos órgãos envolvidos no processo de Consulta Unificada (veja os Encaminhamentos da 9ª GGTIX), com a pactuação da retomada do processo. Veja o vídeo Povos do Xingu lutam pela proteção de seus patrimônios culturais em Mato Grosso.

O Plano de Trabalho de ECI foi apresentado ao GT de Obras do TIX e às quatro Governanças Regionais do TIX (Baixo, Médio, Alto e Leste) antes da 10ª Governança Geral do TIX, ocorrida em novembro de 2023, ocasião na qual os caciques aprovaram o plano de trabalho do Estudo do Componente Indígena da BR-242, mediante alterações como a inclusão de técnicos indígenas na equipe do estudo, bem como alterações no cronograma e nas aldeias a serem visitadas (veja os Encaminhamentos da 10ª GGTIX)

Ao longo dos anos de 2024 e 2025, foram realizadas as etapas de atividades de campo e coleta de dados primários do ECI da BR-242. Veja o item Estudo do Componente Indígena (ECI) do TIX. Desde o início do processo, não foram dados andamentos no âmbito do componente indígena da FICO 2. 

Desde 2023, o processo de Consulta Unificada ainda carece de um ente articulador do governo federal, sendo que esse papel foi realizado pela ATIX em alguns momentos, o que trouxe confusão na definição de papéis no processo. Foi solicitado apoio ao Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e da Secretaria Geral da Presidência da República. 

A ausência de um ente articulador pode colocar em risco o processo de Consulta Unificada, haja vista que os objetivos do processo, a coordenação entre licenciamentos da BR-242 e FICO e a articulação entre políticas públicas e os processos de licenciamento, dependem da articulação política e institucional entre diferentes órgãos do governo. 

(última atualização: agosto de 2025)

Fontes de informação

As informações apresentadas nesta página foram obtidas dos processos administrativos de licenciamento ambiental (abaixo listados), dentre outras fontes.

SEI-FUNAI: 008620.002443/2009-96

SEI-IBAMA: 02001.001991/2008-29, 02001.015065/2023-70

SEI-IPHAN: 01516.000289/2004-51, 01516.000289/2004-51, 01516.000096/2005-81, 01516.000096/2005-81, 01450.014776/2007-56, 01516.001792/2007-77, 01425.000111/2010-78, 01425.000228/2011-32, 01450.900984/2017-41, 01425.000512/2018-85, 01425.000720/2018-84, 01425.000165/2018-91, 01425.000352/2018-74, 01425.000301/2018-42, 01425.000320/2019-50, 01425.000099/2020-73, 01450.003952/2023-44, 01425.000265/2023-84, 01450.003178/2024-52, 01425.000332/2024-41, 01425.000336/2024-20, 01425.000137/2025-01, 01425.000137/2025-01, 01425.000135/2025-11