Degradação e ameaças ao complexo arqueológico de Sagihengu
Coordenadas:
-13.7949,-53.2548
Ficha Técnica
Conflito Ativo:
Sim
Tipo:
Descrição:
Tombado pelo IPHAN como Patrimônio Cultural desde 2010, Sagihengu faz parte de um complexo arqueológico e cultural que integra o Kwarup, a cerimônia ritual mais importante para os povos do Alto Xingu. O tombamento, feito a pedido das etnias Kalapalo, Waujá e Kamaiurá, visava garantir a conservação e o direito de acesso às comunidades indígenas ao local e preservar a cultura nos seus aspectos espirituais e religiosos, além de proteger o espaço físico, dada a importância arqueológica e ambiental.
Para entender sua importância, é necessário entender o Kwarup, uma cerimônia anual realizada no final da estação seca, entre agosto e setembro, com duração de alguns dias. O ritual presta homenagem póstuma a chefes e lideranças indígenas e estabelece o fim do luto e da tristeza, ao mesmo tempo em que restaura a alegria, a vida e o início de um novo ciclo. Neste ritual Sagihengu é o lugar onde começa a cerimônia e onde as comunidades indígenas afirmam ter ocorrido o primeiro Kwarup em homenagem a uma mulher. De acordo com os povos da região, o Sagihengu tem cura, tem remédio para fortalecer: o Kwarup homenageia a vida longa e saudável, apesar de ser uma cerimônia funerária.
Às margens do rio Kuluene, esse lugar tão importante ficou fora das delimitações originais da área indígena, facilitando o acesso de não-índios e abrindo espaço para a destruição do local. Em 2017, uma expedição constatou o alto nível de degradação arqueológica e ambiental que o lugar vinha sofrendo, mesmo estando sob a suposta proteção que o tombamento deveria garantir.
Existem outros sítios arqueológicos na região, tanto no interior da área tombada quanto em seu entorno, e atividades como pesca predatória ilegal, construção de estradas (como a BR-242) e o avanço dos cercados de fazendas têm deixado um rastro de degradação e lixo, causando impactos irreversíveis.
A Promotoria de Justiça Especializada da Bacia Hidrográfica do Xingu Sul entrou em contato com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para que façam as devidas fiscalizações na área tombada e no seu entorno. Tahugaki Kalapalo, ressalta: "Foi tombado. É da União. Quem pode cuidar, ficar vistoriando, são os indígenas, que são os cuidadores do sítio arqueológico".
Para entender sua importância, é necessário entender o Kwarup, uma cerimônia anual realizada no final da estação seca, entre agosto e setembro, com duração de alguns dias. O ritual presta homenagem póstuma a chefes e lideranças indígenas e estabelece o fim do luto e da tristeza, ao mesmo tempo em que restaura a alegria, a vida e o início de um novo ciclo. Neste ritual Sagihengu é o lugar onde começa a cerimônia e onde as comunidades indígenas afirmam ter ocorrido o primeiro Kwarup em homenagem a uma mulher. De acordo com os povos da região, o Sagihengu tem cura, tem remédio para fortalecer: o Kwarup homenageia a vida longa e saudável, apesar de ser uma cerimônia funerária.
Às margens do rio Kuluene, esse lugar tão importante ficou fora das delimitações originais da área indígena, facilitando o acesso de não-índios e abrindo espaço para a destruição do local. Em 2017, uma expedição constatou o alto nível de degradação arqueológica e ambiental que o lugar vinha sofrendo, mesmo estando sob a suposta proteção que o tombamento deveria garantir.
Existem outros sítios arqueológicos na região, tanto no interior da área tombada quanto em seu entorno, e atividades como pesca predatória ilegal, construção de estradas (como a BR-242) e o avanço dos cercados de fazendas têm deixado um rastro de degradação e lixo, causando impactos irreversíveis.
A Promotoria de Justiça Especializada da Bacia Hidrográfica do Xingu Sul entrou em contato com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para que façam as devidas fiscalizações na área tombada e no seu entorno. Tahugaki Kalapalo, ressalta: "Foi tombado. É da União. Quem pode cuidar, ficar vistoriando, são os indígenas, que são os cuidadores do sítio arqueológico".
Atores Envolvidos:
Governo Federal
Governo Estadual
Indígenas
Direitos em Disputa:
Diversidade Cultural
Direitos Indígenas
Direitos das Populações Tradicionais
Patrimônio Histórico-Cultural
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https://pib.socioambiental.org/pt/Not%C3%ADcias?id=178956
https://iphan.gov.br/montarDetalheConteudo.do;jsessionid=DE93DA31C3E71328F8348650CF48C481?id=15193&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia
https://www.folhamax.com/cultura/expedicao-em-mt-aponta-degradacao-de-um-dos-lugares-sagrados-para-os-povos-do-xingu/128154
https://oglobo.globo.com/brasil/lugares-sagrados-dos-indios-no-mato-grosso-podem-ser-declarados-patrimonio-historico-2989463
Fontes
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